sexta-feira, 8 de abril de 2011

A ausência que incomoda.

Minha sexta-feira está entranha. O cheiro está diferente, o colorido das plantas mudou. O dia amanheceu com sol, mais aos meus olhos o tempo está nublado, o dia amanheceu alegre, mais pra mim está um dia triste. Hoje, sexta-feira, dia 08 de Abril, meu dia está menos colorido, menos alegre, menos gracioso, menos feliz, menos empolgante, menos tudo. Hoje minha sexta-feira está mais escura, mais triste, mais vazia, mais banal, mais sem graça. Vejo, sinto, percebo pessoas programem coisas pra essa noite, se animarem, se extravasarem mais pra mim não tem sentido pensar nisso numa sexta feira que me parece tão vazia, tão sem sentido. Noite de quinta, foi quando dormi já sabendo que no dia seguinte uma parte de mim não estaria por perto, noite de quinta onde fui correndo, dar um abraço, dar um beijo molhado naquele que eu sabia que não dormiria ao meu lado e nem estaria comigo ao amanhecer. Tenho tudo, as fotos, as flores, os ursinhos que ganhei como presente em algum momento especial. Tenho as lembranças, ai as lembranças, neste caso só as boas, lógico, o dia já esta triste não farei, não pensarei em algo que possa pior o vazio que sinto dentro de mim. Isso, achei a palavra certa para descrever o que sinto vazio, por mais que eu tenho a certeza que de amanha ele estará de volta, para poder beijar, abraçar, sentir não há como deixar de sentir a falta dele hoje. É ruim de mais, dormi longe dele, dormir sem sentir aquele cheirinho, sem sentir aquele abraço, sem receber aquele beijo tão carinhoso. É ruim de mais, ficar longe daquele olhar que me encanta, daquele sorriso que me derrete, daquela voz que me fascina. É ruim de mais saber que por mais de 24 horas não vou sentir o gosto gostoso que a boca dele tem. É ruim de mais ter de resumir minha sexta a noite em ver Globo Repórter, talvez depois ver ao programa do Jô, ao invés de estar juntinho dele recebendo e dando carinho. Sempre falei que ele me deixou mal acostumada, mais não reclamo disso, eu adoro os mimos e os dengos dele. Juntos aprendemos em como unir dois corpos em uma única alma, em um único ser. Acostumei ter ele sempre por perto e quando ele está longe é como se ele estivesse levado junto a metade de mim, metade meu minha alma, metade de minha mente, metade de meu corpo. Ele longe é como ver, o que antes era colorido, em preto e branco ou numa visão mais animadora e romântica, em escala de cinza. Não ter ele por perto me deixa vulnerável, me enfraquece os ossos, enfraquece meu espírito, me enfraquece como um todo. Ele é o combustível que coloca o motor de meu ser em movimento, a água que roda as pás das turbinas de meus sentimentos, o vento que gira com força as hélices de minha felicidade, o gás que alimenta o fogo do nosso amor. É ele que alimenta meus sonhos mais absurdos, é com ele que eu viajo na maionese construindo projetos de vida, é ao lado dele que quero fazer as melhores viagens, é ao lado dele que me vejo quando chegar aos 80 anos, ele está em todos os meus projetos, tudo que penso para a minha vida ele está incluso. Isso que se chama amor, e é esse amor que eu pretendo cultivar enquanto eu tiver ar pra respirar. Só por ele e por mais ninguém que eu crio forças pra seguir em frente, sempre com uma melhor expectativa de vida.
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"Só enquanto eu respirar, vou lembrar de você, só enquanto eu respirar"

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